quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Especial

Como já era hábito, Mariana acordava de manhã com pelo menos uns vinte pássaros a cantar na sua janela. Ela já não se sentia bem ao acordar sem os ouvir . Quando se levantava, abria as cortinas de cor fúscia para observar as criaturas maravilhosas a cantar aquela linda melodia. Havia pássaros de todas as cores, azul, roxo , rosa , etc . Mas havia um que se destacava. Era um pequeno pássaro, de uma cor muito bela, um castanho com manchas verdes, até fazia lembrar os fatos militares. Mariana gostava imenso desse passarinho, era único para ela. Um dia , com tanta pena daqueles pobres passarinhos sem uma gaiola para se resguardar do frio, pediu à mãe que deixa-se construir uma gaiola para os pássaros com as ferramentas de carpinteiro do pai. A mãe, com certeza não achou muita piada à ideia, mas Mariana explicou-lhe que não se sentia bem com tantos pássaros em sua janela, sem lar. A mãe claramente compreendeu e deixou que a filha construísse a gaiola. Passados alguns meses, Mariana ainda só tinha feito algumas grades, então percebeu que necessitaria da ajuda do seu pai. Ao jantar, um pouco receosa perguntou ao pai se a poderia ajudar, e é evidente que o pai teve a mesma reacção que a mãe, mas por fim, concordou. Demoraram quatro semanas de trabalho intenso para concluir a construção. No dia da conclusão, Mariana adormeceu muito feliz e bem-humorada. Na manhã do dia seguinte, pôs-se de pé, levantou os braços no ar, bocejou, e fez o costume. Abriu as cortinas muito cuidadosamente e de repente começou correr deseperada pelas escadas a chorar, a reclamar que os pássaros que praticamente já lhe pertenciam, tinham fugido. Ficou arrasada. Durante semanas questionou o porquê de eles fugirem naquele preciso dia, até que uma noite, depois de estar horas sentada no baloiço cor-de-rosa, a reflectir um pouco sobre o que tinha acontecido há meses atrás , se apercebeu que eles viram que ela estava a construir uma gaiola para eles, e que nela não seriam felizes , entretanto decidiram mudar-se . Ninguém , nem mesmo um animal irracional são felizes fechados em gaiolas , jaulas ou seja o que for , e essa foi a conclusão que a Mariana tirou , e simplesmente ficou feliz ao pensar que naquele momento estariam num sítio melhor do que uma gaiola .

Marta Sousa, Nº 16, 7ºC

O Pica-Pau




Era uma vez um pica-pau que passava o dia a picar o Pinheiro do Sº João.

Ele era vermelhinho e as suas patas e o seu bico eram amarelos.

O Sº João andava sempre a chutá-lo, mas o pica-pau era casmurro e não saía de lá.

Um dia o Sº João saturou-se daquelas picadas irritantes e, com muita pena, decidiu deitar a árvore abaixo, cortando-a com a sua motosserra.

Então, sem perder mais tempo, pega na sua máquina e começa a cortar a árvore.

Quando o pica-pau se apercebe do barulho e sente a árvore a tremer, procura levantar voo, para não lhe cair nenhum ramo na cabeça. Mas repara que o seu bico ficara preso no ramo. Ele tentou, tentou, tentou vezes sem fim, até que de repente ele diz:

- Alto lá! Estou salvo, o meu bico saiu do ramo.

Então, sem mais demoras começou a voar e conforme ia batendo as asas, ia olhando para todos os lados, a ver se encontrava uma nova árvore grande e cheia de ramos, para se instalar, pois a outra encontrava-se derrubada.

Catarina Delgado Nº5, 7ºC




O Passeio



Passeando por aí eu encontrei algumas folhas, umas tinham aspectos de fantasmas e outras pareciam simples duendes com bochechas às pintinhas, era simplesmente engraçado.

Algumas tinham um olhar engraçado e outras tinham um olhar mau e traiçoeiro. Entretanto comecei a andar por aí a olhar para as folhas e os frutos que caíram das árvores. Estava simplesmente a desfrutar a



André Novo Lourenço nº3, 7ºC

Cogui e o Cogumelo




Era uma vez um caracol chamado Cogui. Cogui tinha nascido há pouco tempo por isso não tinha experiências da vida na floresta!

No dia em que saiu de casa dos pais sozinho pela primeira vez, estes estavam muito orgulhosos do seu protegido, e o Cogui, estava radiante por, finalmente, viver na responsabilidade de se sustentar! Estava ansioso por saber que perigos a floresta escondia! Estava ansioso para sentir o cheiro das ervas daninhas a crescer em sítios inesperados. Estava ansioso para passear por sítios desconhecidos e descobrir todos os seus segredos. Os seus pais tinham-lhe falado de tudo o que ele poderia encontrar na floresta , incluindo os perigos! Por isso, Cogui não tinha nada a temer!

Certo dia, enquanto dava o seu habitual passeio da manhã, pensou:

«Estou farto disto! É sempre a mesma rotina! Vou mudar a minha rota!»

Se assim pensou, assim fez! Em vez de ir até à Praça do Feto e voltar pela Rua do Papagaio Cantor, decidiu ir até à Avenida do Mocho e passar pela casa do seu amigo escaravelho, Thomas.

Então lá foi todo contente! Ao passar pela Avenida do Mocho, encontrou a D. Borboleta caída no chão!

- D. Borboleta! Está bem? Olhe só o que lhe foi acontecer!

- Aí menino Caracol. Você nem imagina. Os bandidos dos mosquitos bateram contra mim, eu caí, magoei-me numa asa, e eles fugiram! Ai quando eu os apanhar! – resmungou a D. Borboleta com o punho erguido.

- Acalme-se, não está em condições de se exaltar! Olhe só, eu hoje decidi mudar de rumo, e dou por mim a encontrá-la magoada, sozinha no chão! Isto, só o destino!

Com cuidado, o Cogui levantou a D. Borboleta e levou-a até o centro de cuidados florestais mais próximo. Por sorte, encontraram lá o Dr. Lagartino, que era amigo do Cogui, e iria cuidar, certamente muito bem, da pequena ferida de D.Borboleta.

Deixando, então, a D. Borboleta em boas mãos, o Cogui continuou o seu passeio. De repente, sentiu um ligeiro toque no dorso. De seguida sentiu outro, e outro, e outro, até que começou a sentir muitos ao mesmo tempo! Quando deu por si, estava debaixo de um chuvada repentina. O Cogui dirigiu-se, o mais rapidamente que pode , para o abrigo mais próximo.

- Ufa, quem diria que ia chover assim tão repentinamente! Parece que hoje, a vida não quer que eu dê o meu passei matinal! Mas, que é isto?

Cogui não fazia a menor ideia do local onde estava abrigado. Era uma espécie de chapéu-de-chuva esponjoso. Apalpou-o bem, para sentir a textura! Cheirou-o para ver se conseguia descobrir de que é que se tratava, mas não obteve sucesso. Na verdade, o que o Cogui estava a observar era um Cogumelo, mas, por estranho que pareça, Cogui não fazia a menor ideia do que é que aquilo era! Alguns metros à sua frente, avistou um outro cogumelo mais pequeno, e esperou que a chuva parasse para o poder observar também, de mais perto.

Algum tempo depois, a chuva abrandou, e o Cogui teve a possibilidade de apalpar e cheirar também a outra espécie de Cogumelo, para ter a certeza que eram coisas semelhantes! Ao fim de alguns segundo, lá estava o Cogui às voltas e a pensar que espécie de planta era aquilo e para que é que servia ! De repente, passa junto de Cogui o seu amigo grilo!

- Grilo, Grilo! – chamou Cogui – anda aqui se faz favor!

- Bom dia Cogui! Então, que problemas te atormentam?

- Alguma vez viste isto? – disse, apontando para o Cogumelo

- Já, é um Cogumelo, serve para os insectos se abrigarem da chuva! Não sabias disso? Oh, Cogui, não andas a ver televisão – dizendo isto, foi-se embora!

Cogui continuou a pensar:

«Se fosse só para a chuva, não teria esta textura esponjosa! Não, tem que ter outra ultilidade!»

As horas começam a pesar, então, o Cogui arranca o Cogumelo e leva-o consigo para sua casa. Lá, almoçou, descansou e pensou muito acerca do estranho objecto, e decidiu fazer um pequeno inquérito pela vizinhança. Começou pelo seu vizinho mais próximo: o Caracolito.

- Bom dia Caracolito, sabes o que é isto? – disse, apontando para o Cogumelo.

- Olá Cogui, claro que sei, é um trampolim! Basta ires para cima dele, saltas o mais alto que podes e depois escorregas!

- Parece divertido, e isso explica a sua textura esponjosa! O Grilo disse-me que era um abrigo para a chuva!

- O Grilo? Oh, o Grilo não sabe nada!

Cogui agora confundiu-se! Não sabia em qual deles acreditar. Então decidiu perguntar ao próximo vizinho. Este disse ao Cogui que o Cogumelo servia para comer. Mas preveniu-o que havia alguns cogumelos que eram venenosos, e podiam matá-lo. Portanto, o Cogui nem sequer tentou dar uma trinca no Cogumelo. Mas agora estava ainda mais confuso! Tinha três opções, e não sabia qual delas era a certa. Então continuou o seu inquérito. E as respostas eram as mais mirabolantes! Uns diziam que era uma peça de decoração! Outros diziam que era uma espécie de árvore, e ainda havia animais que diziam que era um sinal de trânsito!

Cogui achava que nunca ia encontrar a verdadeira resposta para a sua questão!

Cogui continuava assim, dia e noite, a pesquisar, a procurar, a elaborar respostas…

E foi assim que Cogui descobriu a sua paixão e o seu talento para a procura e a investigação! Graças a um cogumelo insignificante, o Cogui tornou-se um dos mais conceituados cientistas da “Era Animal”.

Ah, e o nosso pequeno caracol, Cogui, nunca chegou a saber o verdadeiro nome e para que é que o Cogumelo servia!

Susana Lage, nº 24, 7ºC

O Patinho Feio



Um dia, andava eu a passear pelo meu jardim, quando reparei num ninho entre dois arbustos. Aproximei-me e qual o meu espanto ao ver que lá dentro se encontrava um ovo de pato ligeiramente rachado. Peguei nele e fui logo ansiosa dizer à minha mãe. Mas pelo caminho, o ovo caiu-me das mãos e partiu-se. Quando olhei para aquilo só me apetecia chorar. De repente vi surgir umas patinhas muito pequenas e finas e um bico amarelinho. Peguei no patinho e vi que ele era feio como a escuridão da noite. O seu bico apresentava umas manchas pretas, e as suas penas eram pretas e com umas bolinhas cinzentas. Voltei a pô-lo no ninho para ninguém saber que no jardim da minha casa tinha nascido um pato feio.

No dia seguinte, fui ao ninho ver se ele ainda lá estava, mas quando ergo a cabeça e os olhos para dentro do ninho, o pato já lá não estava. Eu contente, por um lado, um pouco decepcionado, por outro, fui para dentro, para tomar o pequeno almoço.

Passados alguns dias, descobri no ninho mais ovos de patos, mas com receio de ser outro pato feio, nem sequer fui mostrar à minha mãe.

Andei dias, e dias, e dias, a pensar na maldade que tinha feito aquele patinho feio e achava que, se calhar, ele se tinha ido embora com o medo que os outros gozassem com ele.

Então, saí de casa a correr, e fui procurar o patinho feio, para voltar a pô-lo no ninho junto dos seus irmãos. Mas, no preciso momento em que estava a sair do portão, vi o patinho feio, junto ao muro da minha casa. Peguei nele e pu-lo no ninho. Ao pousá-lo, reparei que lá se encontravam variadíssimos patos, de variadíssimas formas, cores e feitios, mas eram todos muito bonitos. Não havia nenhum pato preto. Foi então que decidi ficar com o meu patinho feio. Pois no meio dos outros iria certamente ser discriminado. Ao voltar para casa eu só pensava: “Não é a beleza que conta, o que importa é como ele é por dentro, não por fora.”

Decidi contar aos meus pais e aos meus amigos a novidade.

Passaram seis meses, e já estávamos no Verão.

O patinho feio tinha crescido tanto, que se tornara num belo cisne branco com umas patas grandes e laranjas e um bico bicudo com manchinhas douradas. Era único!

Os meus colegas ficaram todos cheios de inveja por eu ter aquele maravilhoso cisne e pediram-me se podiam ficar com um dos seus irmãos, que estavam no ninho, para terem a mesma sorte que eu tive.

Os dias foram passando, e o meu cisne ficava cada vez mais encantador. Decidi baptizá-lo. Dei-lhe o nome de Black.


Catarina Delgado nº5, 7ºC

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um rapaz americano



Era uma vez um rapaz americano chamado Richard. Richard era um menino inteligente, persistente e curioso que procurava concretizar o seu maior sonho que era conseguir realizar cinco dos seus maiores desejos.

Um dia quando regressava da escola teve a curiosidade de entrar numa gruta que já há muito tempo queria explorar. Já lá dentro, reparou num homem vestido de azul com uma pequena varinha numa mão e na outra um livro de feitiços. Richard, assustado, tentou fugir, mas o feiticeiro impediu-o. O rapazinho ficou ainda mais assustado quando viu que o feiticeiro não o deixava sair.

Depois de muito falar Richard apercebeu-se que era um bom feiticeiro e até ficaram amigos.

O rapaz perguntou-lhe o que estava a preparar. O feiticeiro respondeu-lhe que estava a preparar uma poção para o congresso mundial de feiticeiros que se ia realizar no Japão. O feiticeiro perguntou-lhe se queria ir com ele pois sabia que os miúdos iam entrar de férias. Richard aceitou logo pois sabia que lá iria encontrar um mundo maravilhoso onde todos os desejos se realizavam.

Agora só faltava mesmo o transporte. Richard lembrou-se do seu comboio de brincar que estava na sua pasta, e pediu que o aumentasse e o pusesse em andamento. Já com o comboio a apitar, partiram para o congresso.

A meio do caminho deram de caras com uma grande tempestade e como se não bastasse apareceram uns robots maléficos que pertenciam ao maior rival do feiticeiro que não queria que este chegasse ao congresso. Depois de muito combater, Richard lembrou-se que tinha um Homem-Aranha na pasta. O feiticeiro deu-lhe vida e pouco tempo depois ele já tinha acabado com os robots. Mas os nossos heróis passaram por um grande susto.

Já no congresso apareceu mais um dos seus inimigos, mas desta vez, Richard e o feiticeiro não conseguiram escapar. Foram aprisionados numa caverna. Até que aparece um outro feiticeiro que , quando os viu naquele estado, usou a sua magia para os salvar. Já libertado o feiticeiro entrou no congresso e o rapaz entrou no mundo maravilhoso onde conseguiu concretizar os desejos.

Renato Viana, nº21, 7ºC

Tiago Torre, nº26, 7ºC

Um homem feliz por um determinado tempo



Um homem que se chamava Paquito. Ele vivia numa aldeia perto dos Alpes. A sua família era pobre, mas ele também era pobre noutra coisa: mulheres! Na primária nenhuma rapariga se aproximava dele. Ele foi crescendo e o seu problema persistia. Numa noite ele adormeceu rapidamente e teve um sonho maravilhoso: era podre de rico e com um monte de mulheres atrás dele. Mas de entre elas havia uma que lhe chamou mais a atenção. Era uma jovem francesa chamada Marie. Era bela e também era rica. Eles conversaram e os dois estavam pasmados com as personalidades de cada um, Eram almas gémeas: mesmos interesses, mesmos gostos, mesmas personalidades. Casaram-se e, pouco tempo depois, tiveram muitos filhos até que……. Toca o despertador! Ele nem queria acreditar, tudo não tinha passado de um belo sonho.

Se acreditares, tudo é possível!

Tiago Torre, nº26, 7ºC

Os Sonhos do Sonho



Estava eu sentada na cama a pensar:

- Estou ansiosa para fazer dezoito anos. Assim, posso fazer tudo o que sempre quis!

A parede, pintada de azul, parecia agora preta, com a escuridão do meu quarto. E eu pensava em tudo o que podia fazer. Pensei que estava em França, que à minha frente estava o fantástico museu do Louvre. Enquanto entrava, estava na esperança de encontrar, na ala norte, o curioso cadáver de Jacques Seúnere, o grande e misterioso homem do livro “O Código da Vinci” que outrora lera. Eu sabia que era impossível, mas a alegria de estar no Louvre ultrapassava qualquer limite. Olho para o primeiro quadro, e este chama o meu nome. Fiquei estupefacta, mas pouco depois, percebi que era a minha irmã, no mundo real, a acordar-me. Pois tinha adormecido

Pouco tempo depois, já estava a dormir outra vez. E agora, sonhei que era uma professora muito bem sucedida. Todas as minhas turmas eram excelentes, porque os alunos faziam a gentileza de se portarem bem e de estudarem. No meu sonho, eu também vivia no seio de uma família estruturada e alegre. De classe média alta e com os filhos mais bonitos e fofinhos do mundo. Neste sonho, eu tinha grande parte da minha família viva, e conseguia apenas comunicar com os poucos que já faleceram através de uma tecnologia avançada.

Abro os olhos e vejo o tecto branco e a janela aberta. O relógio de cabeceira marcava quatro horas da tarde. E eu já tinha dormido e sonhado duas vezes!

Levantei-me e fui ver televisão para a cozinha, e logo uma notícia chama a minha atenção. A poluição tinha diminuído, graças a uns métodos científicos que tinham inventado que retiam toda a poluição existente na atmosfera e no mar. Fiquei alegre, finalmente uma boa notícia. Sai da cadeira e preparei uma taça de cereais para comemorar. E logo a seguir, outra notícia me chamou a atenção. O número de idosos e crianças abandonados nas ruas diminuíra drasticamente, graças a abertura de lares e infantários. E também graças a campanhas publicitárias e incentivadoras. Fiquei ainda mais alegre! E comi outra taça de cereais.

De repente, ouvi um barulho estranho. E quando dou por mim, estou no meu quarto, tudo escuro, janela fechada. O relógio marcava seis horas da manhã. Então percebi…

Isto tudo não passava de um sonho!

Susana Lage Nº24 7ºC

O meu nome é Eva



Sabem aquele tipo de rapariga que é considerada a mais feia de todas, que tem uma irmã que parece prostituta, um irmão mais novo sem raciocínio e uma irmã mais nova que pensa ser um cavalo? Bem, essa sou eu. O meu nome é Eva.

Estava preparada para começar mais outro dia secante na escola , e a minha mãe entra o meu quarto aos berros a dizer que a Marina, a minha irmã mais nova estava a comer erva do quintal. E lá tinha eu de gritar a dizer que ela não era um cavalo e que os cavalos eram animais . Como se já não bastasse ter de gritar com a minha irmã mais nova, tinha de ouvir a minha mãe a discutir com a Cátia , a minha irmã mais velha sobre as roupas dela, parecia que estava de roupa interior . Tinha vestido uma saia que mais parecia um cinto , e um top que até se via a cor vermelha do soutien . Quando finalmente a Cátia decidiu mudar de roupa , tive um daqueles momentos únicos , de paz e tranquilidade , de certo tinha de vir o Igor , o frustrado do meu irmão de 13 anos, a resmungar que não encontrava os preciosos cd’s dos Guns N’ Roses, a loucura dele, ou seja, o Cristo, que era eu, tinha de os procurar . Já me metia nojo estar em casa, e finalmente, sorrateiramente, consegui escapar daquele inferno e ir para o meu outro inferno, a escola . Nunca tinha percebido porque me tratavam assim . Não havia razões mas por mais que eu pensasse assim o resto do mundo não . Deviam pensar “aquela é uma anormal, vamos gozar com ela!”, sem se aperceberem que estão a ferir os sentimentos de alguém, mas na verdade, já não me interessava pensar nisso, já era hábito as meninas bonitas e populares rirem-se quando eu passava, o Bruno, o mauzão da escola meter-se comigo na cantina, e já era hábito os professores odiarem-me . Parecia uma renegada, e ignorante . A meio da aula de educação visual, enquanto o professor explicava qualquer projecto para um acampamento, uma empregada bateu à porta e entrou estrondosamente com uma nova aluna, chamada Maria João . Ela era linda e tinha um corpo fantástico, a meu ver, e não só, porque o Bruno começaram logo com os piropos e assobios . Ela andava como uma modelo e a cara dela tinha as medidas perfeitas . Eu era uma renegada, e como tal, ninguém se sentava à minha beira nas aulas e sem mais lugares livres a Maria João não teve escolha . Fiquei mais de metade da aula a olhar para ela, ela era mesmo linda, até que ganhei um pouquinho de coragem e disse-lhe um “Olá” com uma voz rouca e envergonhada . Ela sorriu para mim , cumprimentou-me e perguntou-me como me chamava . Ainda lhe respondi com um bocado de timidez mas perdi-a com o resto da aula . Ela vinha da Madeira , e veio para cá porque os pais se separaram e a mãe dela não se queria reencontrar com o pai . Finalmente tinha alguém com quem partilhar as mágoas de ter os pais separados, já que os meus irmãos nem disso queriam saber . No intervalo de almoço , apresentei-lhe a escola , e o meu local preferido na escola , a enfermaria . Não percebi o porquê de ela dizer que não gostava de ir lá , deixou-me pasmada e parece que deixei de gostar tanto dela , mas não podia desperdiçar a minha primeira amiga , sem ser a minha cadela . Fomos até à cantina , e ela não comeu e contou-me que era vegetariana , então fomos para um banco do pátio comer . Aquelas comidas eram nojentas , era tofu ou qualquer coisa parecida . No final das aulas , ao ir para casa , estava eu a falar sobre os meus irmãos , e , repentinamente, as meninas populares agarraram-na e levaram-na com elas . A Maria João olhava para trás a pedir desculpa , e eu , mais uma vez sozinha fui para casa . No dia seguinte de manhã, lembrei-me que tinha um papel sobre o acampamento para a minha mãe assinar . Entreguei-lhe o papel , e ela perguntou-me de que era , é evidente que eu não me lembrava , pois estive a aula toda distraída , mas no papel explicava que era um acampamento no âmbito das disciplinas de Visual e Língua Portuguesa . Que era, desenhar as roupas, cenários e escrever um guião . Ia haver um espectáculo . Cheguei à escola e a Maria João veio pedir-me desculpa , e tão zangada como estava fui para a enfermaria queixar-me que estava doente , o que era totalmente mentira . Os dias assim foram passando , e , um dia , a minha mãe ligou-me a dizer para ir buscar a Marina e ir para casa . Esperei duas horas na porta do infantário e, com a sorte que tenho , apareceu o Bruno, a chatear-me . Quando finalmente cheguei a casa , a minha mãe , com cara de séria , disse-me que tinha um namorado , claro que não me importei , até ao momento que ela mo apresentou . Era um camionista . Era alto, magro, moreno, cabelo branco e tinha os dentes podres, e como se não bastasse tinha um sotaque de azeiteiro . Fiquei lixada e fechei-me no quarto . O Rui , o tal camionista , tentou falar comigo, mas nem sequer o podia ver à frente . Até chegar o dia do acampamento, saía sempre de casa sem que ninguém notasse e na escola escondia-me . No dia do acampamento, fiz a mala , e com o resto de dignidade que tinha , despedi-me da minha mãe . Saí de cada e quase que perdia o autocarro, mas cheguei a tempo . O parque de campismo era lindo, mas não era para apreciar, era para trabalhar a sério . Claro que , com a minha sorte, no meu quarto tinha de estar alguém de quem eu não gostava, é claro! Foi a Maria João . Parecia de propósito .

Um dia , à noite, queria dar um passeio, e não encontrava casaco , e a primeira coisa que me veio à mão foi o robe da Maria João . Vesti-o e sentei-me num banco junto ao lago . De repente senti uma mão no meu ombro, que me levantou e me beijou com uma paixão inigualável . Era o Bruno . Ele pensava que eu era a Maria . Envergonhado correu . Numa altura , ao almoço, o Bruno, para dar a perceber que não gostava de mim , atirou-me com esparguete, portanto dei-lhe um estalo, e ele, ainda mais furioso beijou-me e eu corri, aos berros até ao quarto . Fechei-me durante horas, até que no dia seguinte a professora me chamou para os ensaios . Lá fui eu , e com tanto , e com tanto estudo, não me saiu nem uma palavra e efectivamente trocaram-me pela Maria . Fiquei em baixo , muito em baixo , mas não se podia fazer nada . Como sempre tive muito jeito para a escrita e para o desenho , escrevi o guião e desenhei as roupas e os cenários . Ficaram fabulosos ! Toda a gente adorou . Mas mesmo assim , continuei triste por causa do Bruno . No dia do espectáculo , à noite , segui a Maria até à cabine , e a ouvi-a resmungar com a mãe , porque não vinha ver a peça . Então , eu decidi ligar à mãe dela , mas a Maria João ouviu , e chateou-se . Fiquei tão triste que liguei para o Rui para me vir buscar , ele disse que não, mas veio até a mim com umas roupas muito bonitas e com a família toda e foram assistir . Deram-me coragem para pedir desculpa à Maria João e ficou tudo bem . No fim da peça , o Bruno veio até a mim e declarou-se mas não namoramos porque nós os dois concordamos esperar mais um pouco , e a verdade é que agora levo a vida que sonhei , família unida , amor , amizade e tudo o que sempre quis alcançar , e a minha irmã , finalmente , ganhou algum juízo .

Marta Sousa Nº16 7ºC

O pobre



Era uma vez um mendigo chamado João que vivia na rua, era triste, sem família e sem amigos.

Um dia o João acordou e decidiu procurar trabalho. Logo de seguida foi á vila e quando chegou lá naquele preciso momento o mensageiro do rei estava a anunciar que queriam criados para cuidar do jardim do palácio.

O João, sem demoras, foi aceitar o emprego e, como foi o primeiro, rei considerou-o jardineiro. Seguidamente o rei mandou-o ir descansar para o seu novo quarto porque o dia seguinte ia ser difícil.

Quando entrou no quarto fez logo amigos o Pedro, o António e o Manuel.

Por incrível que pareça naquele quarto com poucas condições o João sentia-se melhor que nunca.

Um dia enquanto trabalhava viu a princesa, espantado com a sua beleza ficou a olhar tempo sem fim, até que o Pedro o chamou á atenção para continuar a trabalhar.

Pois antes do João começar a trabalhar percebeu no olhar da princesa que ela também estava apaixonada, e os amigos decidiram ajudá-lo.

À noite, enquanto todos dormiam os quatro planearam um encontro entre o João e a princesa num quarto secreto descoberto pelos amigos há uns tempos no palácio.

Numa noite o rei recebeu a triste noticia que seu irmãos tinha adoecido e decidiu passar uns tempos no seu reino para o apoiar.

João quando recebeu esta noticia percebeu que este momento era o indicado para executar o seu plano. Foi logo avisar os seus amigos.

Rapidamente os seus amigos foram chamar a princesa fingindo que houvera uma tragédia e conseguiram fazer com que ela entra-se no quarto secreto onde se encontrava João a ensaiar suas palavras. A princesa ouviu-o deu-lhe um beijo, e disse que o amava.

O rei quando soube que doença de seu irmão era contagiosa já era tarde de mais também já estava doente.

Uns dias depois quase a morrer soube que sua filha tinha noivo (João) e com confiança nas escolhas da sua filhas entregou o seu reino á sua filha e seu noivo.

E assim João e a princesa governaram ate as suas mortes sempre juntos e felizes.

E com esta historia queremos mostrar que as vezes quem pobre é, rico pode vir a ser.

Filipe Pereira Nº13 7ºC

A Coroa perdida





Numa manhã de Outono, a rainha Sofia do reino de Catamura, estava sentada no seu trono, mas lamentava-se porque lhe faltava alguma coisa. Não tinha a sua coroa. Ela estava muito aflita. Tinha procurado por todo o lado e não havia maneira de encontrar a coroa. Uma rainha sem coroa não era Rainha!

A rainha como era muito aventureira, decidiu sair do seu castelo para continuar à procura da sua coroa. Pegou na sua mota e partiu à procura da coroa.

Pensou em todos os sítios onde tinha estado, mas estava a ser um pouco difícil, porque ela andava sempre de um lado para o outro. Foi então que se lembrou que , na véspera, tinha passado a noite no campo de futebol a assistir ao jogo do Porto contra o Benfica.

No caminho para o campo de futebol pareceu-lhe ver um fantasma, mas pensou que só podia ser imaginação sua e continuou a sua viagem.

Uns quinhentos metros à frente apareceu-lhe uma curva e desta vez o fantasma mete-se à sua frente e… Bumm! Esbarra contra uma árvore. O fantasma ri-se e a Rainha Sofia pergunta:

- O que queres? Porque te meteste à minha frente?

- Meti-me à tua frente porque não quero ninguém na minha floresta – disse o fantasma

- Esta bem, vamos fazer um acordo, eu deixo aqui a moto, passo a floresta a correr, e tu nunca mais me vais ver – disse a Rainha Sofia

- Está bem, então adeus, e já podes ir.

A Rainha desatou a correr e em dois minutos já tinha chegado ao campo de futebol.

Quando chega às bancadas aparece-lhe desta vez um OVNI. Desta vez não houve nenhum entendimento, foi feita prisioneira, e foi levada para Marte onde foi morta e depois passado uns dias o seu corpo veio novamente para o castelo onde foi sepultada.


Catarina Calheiros Nº7 7ºC

Um sonho encantador




Um dia sonhei que estava na lua, a ver ET a trabalhar. Eu aproximei-me e disse-lhe que estava perdida e que queria ir para Terra. Ele de início achou estranho ver um humano na Lua, mas depois até aceitou a ideia. Depois de lhe explicar que precisava de uma nave para ir para Terra, ele com muita gentileza disse-me logo que me levava de volta para o meu planeta. Então, mandou-me subir para a sua nave, disse para eu pôr o cinto e logo de seguida arrancou a alta velocidade. Parecia que estávamos a flutuar no espaço. A viagem foi longa. Quando cheguei a Terra estava tão contente que até me esqueci de agradecer ao ET. Já com os pés bem assentes na Terra, voltei à minha vida. Eu tinha 12 anos, ainda tinha que continuar os estudos, portanto tinha que começar a estudar a sério e passar sempre todos os anos para conseguir tirar o curso que eu queria. Queria ser médica. Então vi-me já alguns anos mais velha, depois de muitos anos de longos estudos, chegar ao último ano da universidade. De seguida arranjei logo emprego. Tinha conseguido …era mesmo médica. Comecei por trabalhar no hospital distrital, horas, horas, horas... até que o meu chefe disse que se ia reformar e eu iria ser a chefe de serviço. Já era uma das superiores, já sabia fazer tudo que havia para fazer e até me tornei “famosa”. Fui convidada para participar numa serie de televisão.

...

Entretanto acordei. Fiquei um bocado triste porque queria continuar a minha aventura e descobrir um pouco mais acerca do meu futuro…

Catarina Delgado Nº6 7ºC